25 de maio de 2013

André Matos injustiçado.

Estava eu, em uma linda noite de domingo, assistindo a alguns vídeos do Youtube. Cliquei em um vídeo do André Matos, com a banda Shaman, tocando a música Fairy Tale no Altas Horas. Um show de agudos, de timbres, de notas e de descaso. Sim, descaso e desconhecimento.


Ao longo do vídeo, você pode perceber que o auditório atrás da banda está se divertindo bastante. Afinal, todos conhecem André Matos, sabem sua formação, conhecem seu talento e mal percebem quem eles estão ouvindo. Quem acompanha o caminho de André Matos, sabe como é seu curriculum, sua formação e o quanto esse cara entende de música para chegar onde chegou. Sua passagem no Angra deixou muitas e muitas músicas marcantes para a banda. Não entrarei ao mérito de comparação entre André Matos e Edu Falaschi. Pois bem, mas ai você me pergunta: 

Pergunta: "Brother, esse programa não é focado para o público que curte rock, e sim para o público que curte os 'gêneros da massa', do povo, é lógico que eles não irão conhecer Shaman e muito menos André Matos".

Resposta: Lamentável. É uma pena mesmo, afinal, cantar uma música que fala sobre quadrados de 8 lados, e dançar até o chão é mais fácil e simples do que entender a letra e a crítica da maioria das músicas de rock.

Pergunta 2: "Mas como eu vou entender o que eles falam se a maioria absoluta das músicas de rock são em diferentes idiomas que não o português?"

Resposta 2: Realmente, precisa ser um pouco mais culto para entender o que as bandas internacionais têm a dizer. E mesmo assim, temos inúmeras bandas de rock, mpb, bossa nova, entre outras BRASILEIRAS, que possuem músicas com letra que faz sentido, possuem um significado, e são bem trabalhadas. Mas não consigo entender, mesmo em português, músicas monossilábicas (Lek? Creu? Bara? Bere?).

Se eu fosse pautar todos os tópicos que tenho para falar sobre o André Matos e sua inserção no cenário musical brasileiro, precisaria de 5 a 7 finais de semana. Mas, para ser conciso, irei abordar outro assunto-objetivo dessa postagem.

Recentemente, André Matos e sua banda de carreira solo fizeram um show aqui em Vitória-ES. Em sua turnê de lançamento do álbum "The Turn of the Lights" e comemoração dos 20 anos de Angels Cry, Matos cantou na íntegra este álbum sensacional. Estive presente e comprovo que André ainda possui seus vocais intactos, reproduzindo perfeitamente todos os tons agudos de "Carry On", "Stand Away" e "Time". Confesso ter ficado com um pé atrás em relação a decepção que eu teria caso André não estivesse apto a fazer esses agudos de 20 anos atrás.

Detalhe interessante: A banda foi ao palco com 2 shows em 1. A primeira parte do show foi da turnê de seu novo álbum "The Turn of the Lights", enquanto a segunda parte foi do álbum Angels Cry. Confira o set list:

Primeira parte:
  1. Intro
  2. Liberty
  3. I Will Return
  4. Rio
  5. Course of Life
  6. Stop!
  7. On Your Own
  8. Fairy Tale
  9. Living for the Night

Segunda parte:
  1. Unfinished Allegro
  2. Carry On
  3. Time
  4. Angels Cry
  5. Stand Away
  6. Never Understand
  7. Wuthering Heights
  8. Streets Of Tomorrow
  9. Evil Warning
  10. Lasting Child
Álbum Angels Cry

Álbum The Turn of the Lights


































Faixa de predileção pessoal Angels Cry: Time
Faixa de predileção pessoal The Turn of the Lights: Liberty

Deixo aberto à discussões sobre o reconhecimento de André Matos e, para quem foi a algum show dele, seja no Angra, Shaman, Solo, Viper e as outras bandas que esteve presente, o que achou?, foi bom?, o que faltou? iria de novo?

Comprovação de presença nº 1
Comprovação de presença nº 2

Um comentário:

  1. Cara, concordo com você. André é um herói pra mim pela postura, letras e formação. Ele não é só um cantor, ele um músico e uma personalidade.

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